Enquanto as Artes Visuais não
tiverem o seu currículo revisto, restituindo horas fundamentais de História de Arte, repondo
disciplinas como Teoria do Design, reintroduzindo o estudo da perspectiva
cónica em DGD e a recuperação de tempos perdidos nas disciplinas práticas, como
as Oficinas...e Desenho, o resultado será, como tem sido hábito, frágil. Não
que isso incomode os nossos governantes e a sua visão restrita e serôdia.
Vamos à prova: este ano melhor
estruturada e desenvolvida, no entanto persistem as limitações no domínio dos meios, recusando aos alunos uma amplitude mais generosa de respostas, condicionando a sua expressão e introduzindo um elemento de
perturbação que, na realidade, não permite aferir nada de relevante. Não se
entende a insistência nos pastéis de óleo por oposição à ausência de carvão, ou
sanguínea, numa disciplina de desenho!
Noutros anos e exames aludimos o
formato erróneo desta prova, sublinhando o carácter mais justo e preciso dos
dossiês individuais. O exame não avalia as reais capacidades dos alunos, é uma
opção política e não pedagógica e espelha o gosto nacional pelas opções
demagógicas.