sábado, 20 de junho de 2009

Exame 706 II


Uma professora atenta fez-nos chegar um reparo relativo a uma contradição prejudicial para os examinandos. Refere-se à questão 2 do grupo I que, na Prova de Desenho A, propõe a execução de “um apontamento a aguarela”. Acontece que nos Critérios Gerais de Correcção (C.G.C.) os descritores valorizam aspectos que não se deveriam considerar – pelo menos nos termos em que são redigidos– na avaliação de um “apontamento”. Devia ser do conhecimento dos autores da prova o conceito de apontamento: “desenho ou pintura executados rapidamente a partir do natural, com poucas linhas ou pinceladas, para conservar a impressão ou detalhe de alguma coisa.” (Gómez Molina, Juan José (coord.), Los Nombres del Dibujo, Madrid, Ediciones Cátedra, 2005). Assim sendo, faz sentido a tónica no registo correcto das “proporções entre as partes” (item 2b) dos C.G.C.) ou o registo “com muito rigor, correcção (...) o volume, o espaço, a profundidade, os valores lumínicos”, etc. (item 2c) dos C.G.C.)?
A persistência no logro mantém-se e agrava-se: na questão seguinte (3, do grupo I da Prova de Desenho A) é pedido “uma representação rápida e expressiva a sanguínea”. Estamos uma vez mais perante um apontamento, desta vez com tónica na expressividade. Mas o facto parece não ter perturbado os autores da prova, pois nos C.G.C.. esparrama-se, uma vez mais, o registo correcto das “proporções entre as partes” (item 3b) dos C.G.C.) e o registo “com muita correcção” (item 3c) dos C.G.C.); será receita? Como se pode pretender um registo rápido e expressivo e simultaneamente pretender rigor, correcção das proporções e uns condimentos mais para armadilhar examinandos?


1 comentário:

Anónimo disse...

Existe algum e-mail pelo qual possa comunicar-me contigo? Tenho muitas dúvidas sobre a prova de desenho e gostaria enormemente de saná-las. Agradeço desde já, Bárbara.

Ligação rápida: Artes - Desenho - Geometria Descritiva