segunda-feira, 15 de julho de 2013

Gefeliciteerd Sir Rembrandt

Auto-retrato a desenhar à janela, 1648
Muito provavelmente Rembrandt foi o primeiro pintor moderno. Foi certamente um artista prolífico, em particular no domínio do desenho  e da gravura. Foram imensos os desenhos que realizou, mais ou menos prolongados, recorrendo a diversos registos e abarcando os mais variados temas: da paisagem ao retrato, dos episódios religiosos a cenas do quotidiano. A sua obra é uma lição permanente, incontornável para quem padece desta coisa do desenho.
Como é eterno, faz hoje anos (Leiden, 15 de Julho de 1606). Ficam os parabéns e a publicidade a este sítio.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Não há materiais pobres...

Este rapaz tem um problema e vale a pena ver o resultado aqui.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Exame de Desenho A, primeira chamada

A Náusea, ou a utilidade dos exames -e dos seus modelos - para aferir aquisições relevantes


As instruções eram claras e precisas e o modelo fornecido possibilitou diversas opções de montagem e de pontos de vista para a sua representação; uma novidade implementada no ano lectivo anterior.
Há vantagens nesta opção? Na perspectiva dos classificadores, muito provavelmente não. Quanto aos alunos, ignora-se a mais-valia em contexto de exame. Há ecos de alguma indefinição e do tempo perdido a experimentar esta ou aquela opção e…tic-tac..o tempo foi-se escoando.
A questão um implicou registo directo, sem traçado prévio, algo que foi certamente difícil para muitos examinandos, desejosos de alcançar os melhores resultados. Quanto aos traçados prévios, alguma habilidade e uma borracha e o resultado foi outro…Duvida-se que os alunos tenham sido tão expeditos quanto indiciava o enunciado…e o tempo foi passando.
A questão dois é um clássico. Pretendia-se a exibição do domínio dos materiais, das técnicas, da capacidade analítica e da representação das formas, compreendendo os diversos elementos que participam na ilusão realista; proporção, ângulos aparentes, distâncias, espaço negativo, contornos, sombras, valores tonais, etc. Dadas as características deste exercício, uma parcela substancial do tempo disponível ter-se-á esgotado aqui.
Dos testemunhos recolhidos, a resposta ao grupo II ocorreu no início do tempo de compensação: pouco menos de meia-hora para atestar o domínio da figura humana -apesar de submetida a processos de síntese-, das estratégias de composição, da sugestão do movimento e, eventualmente, para responderem criativamente à questão colocada. Não se entende, ao convocar o uso da cor (finalmente sem a obrigatoriedade do pastel de óleo) a frase “escolha criteriosa das cores”. O que se pretende com esta inibição indefinida? A opção por cores aprovadas pela associação de pasteleiros das Berlengas?
Retoma-se o que todos os anos tem sido referido: o princípio da avaliação não deveria sacrificar a especificidade da disciplina. Esta disciplina tem, a todos os níveis, práticos e teóricos, particularidades que a distinguem das demais (quem desenha sabe-o bem). Sujeitar os alunos a um exame não permite aferir com justiça níveis de desempenho e as competências adquiridas com a mesma precisão que um portefólio permite.

P.S.: Não deixa de ser curiosa a análise benigna e complacente produzida pela Aproged. Será que os signatários estão, de algum modo, vinculados ao GAVE?

quinta-feira, 16 de maio de 2013

1ª Exposição de aprendizes de Artes Visuais

 
O Mosteiro de Tibães inaugura este ano e pela primeira vez uma exposição, compreendendo várias escolas de Braga, na qual poderão ser apreciados trabalhos realizados por alunos do 3º ciclo e secundário nas disciplinas de Educação Visual, Desenho e Oficina das Artes. 
 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Antes qu'esqueça

As informações referentes ao exame de desenho A deste ano já foram disponibilizadas pelo GAVE e podem ser obtidas aqui. Quanto às expectativas, e pelo que tem escorrido da 5 de Outubro, suspeita-se mais da mesma banalidade. A disciplina de Desenho A merecia melhor, a começar pela substituição dos exames por portfólios, um sistema mais justo e certamente mais responsabilizador.

terça-feira, 19 de março de 2013

Coizenando


O carácter meditativo e relaxado,  atestado eletroencefalograficamente com ondas alfa, dos zentangles, não vem com contraindicações e pode até ser mote para algum mestrado entre os muitos que por aí vão bolonhando.

A coisa já tem uns tempinhos e designa-se zentangle e tem o seu interesse e aplicação como, por exemplo, nas aulas destinadas a alunos dos 7 aos 77 anos em que se procura promover criatividade ou alguma espécie de trip benigna geradora de mais-valias na autoestima.

Os zentangles são uns sucedâneos de automatismos surrealistas e do rabiscar (doodling) libertário que ocorre quando, despertados pelo fim de uma aula ou reunião entediante, somos confrontados com uns gatafunhos cheios de vitalidade e de combinações inesperadas. Mas atenção, parece que há um método para a coisa, como indicam os seus criadores Rick e Maria Thomas e outros discípulos da coisa aqui e ali.

sábado, 9 de março de 2013

Parabéns à Árvore


É uma bela idade para esta instituição artística do Porto. À sua sombra se promoveram, formaram e divulgaram muitos(as) artistas e amadores destas coisas das artes plásticas. A cidade não seria a mesma sem esta cooperativa plantada na vertente junto ao passeio das Virtudes. Parabéns.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Concurso

Metropolis, realizado por Fritz Lang em 1927
 
A maior parte dos concursos são como algumas lasanhas que andam por aí. No entanto, outros, como aquele que promovemos aqui, valem a pena.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Aurea Mediocritas 3.0

     Goya, O Sono da Razão Produz Monstros, desenho preparatório, 1797
 
O termo STEM1 teacher, muito em voga nos EUA e no Reino Unido, é revelador de uma tendência que, independentemente da cor política – nos Estados Unidos ela coincide com os democratas – tem encontrado eco em diversas paragens, como Portugal.  O pretexto da crise – uma crise do sistema financeiro, recorde-se – veio catapultar, com o atabalhoamento e a falta de ponderação habituais, uma visão materialista do ensino, centrada na urgência em formar artífices, quadros especializados e outros, orientados para responder a um previsível aumento de ofertas de emprego nas áreas tecnológicas e científicas. A necessária e atempada previsão da evolução do mercado laboral deve certamente ser tida em conta mas um facto mantém-se: qualquer formação que retire o prazer do contexto de aprendizagem, que diminua ou condicione a criatividade e que não promova a imaginação, condenará os alunos a lugares de servidão, de realização acrítica e passiva, com os inevitáveis e indesejáveis reflexos económicos, entre outros.  
Não é inocente a apologia de um retorno a uma certa aurea mediocritas que ecoa no escrevinhar e contar de travo salazarento, subscritos pelo actual ministro Crato. Ela corresponde a uma dramática falta de visão holística, ignorando a realidade caucionada pela história e que faz corresponder a riqueza das nações à pujança das democracias, à eficácia da justiça e ao investimento na criatividade.
E assim chegamos à oferta artística nas nossas escolas. Se a disciplina de Desenho figura como exemplo raro e feliz para a área das Artes Visuais no secundário, já a possibilidade de optar entre História da Cultura e das Artes (título pomposo que não mascara o ridículo das pretensões que a carga horária diminuta sublinha) e, por exemplo, Matemática, ou a diminuição da carga horária das disciplinas específicas, como o já referido Desenho, figuram entre algumas das várias decisões infelizes das secretárias com uns senhores atrás delas.

É bom lembrar que a destruição da oferta escolar nesta matéria não é exclusivo deste governo nem de agora, acentuou-se no início do século e não tem poupado outros níveis de ensino.

1 STEM é o acrónimo de Science, Technology, Engineering e Mathematics.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013




Eduardo Salavisa tem sido o grande divulgador da prática multicentenária dos diários gráficos de viagem
 
O ano de 2013 começa bem pelos lados de Braga. No dia 5 deste mês, no mosteiro de Tibães, terá lugar um workshop subordinado ao tema “Desenhar no Diário de Viagem”, dinamizado por Eduardo Salavisa. Apesar da crise – a inscrição custa 30 € -, será certamente uma boa oportunidade para a prática salutar deste desporto gráfico com imensas virtudes. Para mais informações: aqui.
 
Ligação rápida: Artes - Desenho - Geometria Descritiva