domingo, 27 de junho de 2010

Kin-der-Kids


Lyonel Feininger (1871-1956), artista plástico conotado com o expressionismo e fundador da Bauhaus, não é propriamente conhecido como autor de Banda Desenhada. No entanto, e na esteira de Richard Outcault (The Yellow Kid), Rudolph Dirks’s (The Katzenjammer Kids), Frederick Opper (Happy Hooligan) ou de Winsor McCay (Little Nemo), figura entre os pioneiros da 9ª arte. Foi por intermédio de James Keeley, editor do The Chicago Tribune, que Feininger iniciou uma colaboração breve e frutuosa em 1906 com a publicação de The Kin-der-Kids. Obra de grande modernidade, quer na construção narrativa quer nos cenários, vê agora a luz do dia em português pela mão de Manuel Caldas (Libri Impressi). Embora não esteja ainda disponível nas livrarias, esta edição primorosa pode ser adquirida directamente aqui.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Critérios...



Critérios de correcção do exame de desenho aqui . Uma vez mais somos brindados com confusão, imprecisão e algum delírio (e.g. Grupo II).

Bom S. João.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Prova 706, 1.ª Fase


A prova prática de Desenho A foi bastante acessível e equilibrada, considerando as questões e o tempo disponível para a sua resolução. No entanto, persiste o temor relativamente ao grau de autonomia técnica concedida. Esta só se verificou no Grupo II, com a possibilidade de optar entre a tinta-da-china e os pastéis de óleo (uma obsessão recorrente).
O último item merece alguma censura: um texto à guisa de preâmbulo sobre a Fundação Calouste Gulbenkian e o seu primeiro presidente ficaria bem: informaria muitos alunos, honraria a instituição e dignificaria a questão proposta.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Resposta -sem cafeína- a dúvidas de exame

O papel vegetal, como muitos saberão, tem como função principal a cópia e a transferência de imagens. Permite ao aluno responder a questões de exame envolvendo transformações gráficas (rotação, translação, sobreposição, etc.), a concepção de padrões (o módulo ou o sub-módulo podem ser copiados repetidamente) ou o aperfeiçoamento de uma imagem (que pode ser corrigida e melhorada antes de ser decalcada).
Outra dúvida colocada respeita à permissão de usar lápis (de grafite supõe-se) em eventuais questões implicando o recurso à aguarela. Tudo depende do enunciado (leiam bem as questões). A aguarela "tradicional" é uma técnica de àgua que resulta essencialmente do jogo de transparências das manchas de cor aplicadas com... pincel. O lápis (B), como meio de estruturação e de organização global da imagem, é um auxiliar útil que deve ser manuseado com suavidade de forma a não perturbar a imagem. No entanto, insiste-se, convém ler atentamente as questões.
Boa prova.

terça-feira, 8 de junho de 2010

E. 706


Dia 18 de Junho, pelas 14 h, espera-vos o exame de Desenho A (706). Deseja-se uma prova que permita aos alunos poderem adequar livremente as técnicas às questões formuladas. Seja como for, leiam atentamente o enunciado e evitem precipitações.
Continua sem resposta o pedido de esclarecimento endereçado no ano passado ao Júri: é ou não permitido o uso da terebintina caso seja servida mais uma pastelada d' óleo?
Até lá, continuem a desenhar e a ver com todos os sentidos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Desenhar com protector solar


É apanágio dos programas conterem algumas boas intenções de difícil conversão em conhecimento útil dos conteúdos. Um dos casos refere-se à Figura Humana, um item de aprofundamento. Como sabem os autores dos programas de Desenho A, a representação do corpo humano obriga ao recurso intensivo dos modelos do tipo Adão e Eva (com ou sem as parras). Pois bem, é assunto negligenciado: umas anatomias insípidas disponibilizadas pelos manuais de Desenho A e umas sugestões metodológicas omissas são os pontos de partida oferecidos: é como pretender conhecer "Os Maias" lendo um resumo de duas páginas. As alternativas são reduzidas, os docentes ficam condicionados à abordagem da figura humana vestida e à cópia de reproduções. Assim sendo, partilha-se a recomendação por diversas vezes repetida na sala de aula: vão à praia!

A biodiversidade estival que se esparrama pelas praias é surpreendente, não só pela variedade de corpos (novos, idosos, gordos, magros, altos, baixos, débeis, atléticos, etc.) como pela multiplicidade de poses, de gestos e de adereços.
Aos aprendizes que considerarem esta sugestão útil recomenda-se o uso de óculos de sol: evitam o reflexo da luz solar que incide sobre o papel e ocultam a direcção do olhar. Salienta-se este ponto uma vez que muitas pessoas podem sentir-se incomodadas ao serem observadas. Como suporte aconselha-se um caderno, de preferência A4; a área de registo é maior, as folhas não correm o risco de serem levadas pelo vento e, se a capa for dura, fornece uma base estável para desenhar. Quanto aos materiais, o melhor será optarem por aqueles que sejam compatíveis...com a areia.
Para alguns dos nossos(as) leitores(as) a tarefa porá a nú algumas debilidades como a coordenação óculo-motora, a inabilidade no manuseamento dos meios, a rigidez e a incorrecção do registo (proporções, escalas, eixos, etc.) e , principalmente, o pouco treino visual. É preciso ter presente que o desenho do real implica os nossos sentidos (não só a visão), a capacidade de análise, a concentração, a perseverança e um sentido crítico equilibrado (derrotismo ou presunção não são bons conselheiros).
Ligação rápida: Artes - Desenho - Geometria Descritiva