sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Festas


Convidou-se, a propósito da quadra e em acorde ecuménico, Saturno devorando os seus filhos, mas o senhor estava indisposto.
Em jeito de mudança para uma pauta panglossiana hasteia-se uma penca viçosa...
Tenham um feliz 2011.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Revolutionart

Revista bimestral gratuita, disponibilizada em formato pdf e aberta a colaborações. Cada edição aborda um assunto distinto. A próxima edição propõe os mitos como tema, aceitando propostas (arte digital, fotografia, ilustração, etc.) de todos os cantos do globo até ao dia 15 de Janeiro. Para mais informações, aqui.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Portocartoon 2011





A ilustração satírica ou cartoon surgiu no século XVIII, afirmando-se em meados do século seguinte e a par do desenvolvimento da imprensa. Em Portugal o cartoon tem tido autores que pouco ou nada ficam a dever ao que se tem publicado por esse mundo fora: de Rafael Bordalo Pinheiro a Stuart até aos actuais António (Expresso), Luís Afonso (Público) ou Cid (Sol) muitas têm sido as imagens que, com maior ou menor propriedade e acutilância, têm feito cócegas à inteligência dos leitores…

Desde 1999 que o Museu Nacional da Imprensa tem desempenhado um papel de relevo neste âmbito, promovendo exposições, publicações de catálogos, um museu virtual e um concurso anual - Portocartoon - que tem vindo a consolidar prestígio, promovendo e divulgando a nobre arte do cartoon. Para requerer o regulamento deste concurso aceda por aqui.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A Mona Lisa vai a banhos


A versão londrina perdeu o tom amarelado do anterior restauro, nos anos 40.

Reticentes relativamente à limpeza da mais afamada pintura de Leonardo da Vinci (1452-1519) - a Gioconda ou , se preferirem, a Mona Lisa (1503-06) -, o Museu do Louvre deu início ao processo de análises químicas que antecedem qualquer restauro desta magnitude. A título de curiosidade refira-se que os estudos realizados até ao momento permitiram descobrir trinta camadas de tinta com uma espessura aproximada a metade de um cabelo humano.
Entretanto, a National Gallery em Londres terminou o restauro da pintura de Leonardo “A Virgem dos Rochedos” (1491-1508). Recorde-se que o Louvre possui outra versão do mesmo tema, pintada por Leonardo.
Mais pormenores aqui.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Encontros da Imagem: 17 de Setembro a 31 de Outubro

Como tem ocorrido em anos anteriores, os "Encontros da Imagem" transmutam a quietude da paisagem cultural bracarense.
"Sob o tema "Transmutações da Paisagem" a próxima edição do Festival pretende observar as representações da paisagem após a viragem do século e revelar a forma como a paisagem evolui na confrontação com a presença humana, atravessada por um diálogo de equilíbrio/desequilíbrio na ocupação do território" . Para mais informações: aqui.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Sugestões


Eduardo Kac, Coelhinha genética (2000)



O encontro entre a arte e a ciência não é de agora (lembram-se de Leonardo?), bem como as questões que suscita. Para rever ou descobrir propõe a degustação estética aqui.
Já que a ligação anterior remete para um artista das terras de Vera Cruz, deixa aqui outra proposta, igualmente estimulante (ainda que tardia).

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Setembro vem aí

Os programas de Desenho A podem ser consultados aqui: 10º ano, 11º e 12º. É do interesse dos aprendizes familiarizarem-se com os conteúdos dos ditos.
Como brinde oferece-se - aqui - uma fava de exercícios de desenho ...

Boas Férias

quinta-feira, 15 de julho de 2010

2.ª Fase do Exame de Desenho A


Esperava-se, ingenuamente, uma correcção das anteriores investidas, qualquer coisa que espelhasse um propósito mais consistente do que a gelatina pedagógica servida até à data.

Não é de agora o uso e abuso do termo “expressivo” quando o enunciado deveria especificar se pretende gestualidade, acentuação ou outra habilidade qualquer: todos os registos gráficos à mão levantada possuem expressividade (quem imagina um registo gráfico à mão levantada sem expressividade?).
O grupo I dispensava perfeitamente uma das duas últimas questões: a deformação poderia ser representada com um meio à escolha do aluno em vez da insistência doentia nos pasteis de óleo (que a escala e o tipo de papel desaconselham). O Grupo II resgata o tédio precedente, embora se lamente a má qualidade da reprodução da obra de Helena Almeida. Uma nota para o modelo que, à semelhança do exame anterior, não corresponde à fotografia: o papel é mais baço e não permite, em muitas circunstâncias, a representação de brilhos e de reflexos. Espera-se que, nos critérios de correcção/descritores não haja o desplante de pretender avaliar o que os alunos não puderam ver…


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Lugar do desenho

A notícia, embora tardia, ilustra como certos desenhos, mesmo quando são graficamente banais, podem surpreender. Afinal é tudo só uma questão de escala e do lugar do desenho.

domingo, 27 de junho de 2010

Kin-der-Kids


Lyonel Feininger (1871-1956), artista plástico conotado com o expressionismo e fundador da Bauhaus, não é propriamente conhecido como autor de Banda Desenhada. No entanto, e na esteira de Richard Outcault (The Yellow Kid), Rudolph Dirks’s (The Katzenjammer Kids), Frederick Opper (Happy Hooligan) ou de Winsor McCay (Little Nemo), figura entre os pioneiros da 9ª arte. Foi por intermédio de James Keeley, editor do The Chicago Tribune, que Feininger iniciou uma colaboração breve e frutuosa em 1906 com a publicação de The Kin-der-Kids. Obra de grande modernidade, quer na construção narrativa quer nos cenários, vê agora a luz do dia em português pela mão de Manuel Caldas (Libri Impressi). Embora não esteja ainda disponível nas livrarias, esta edição primorosa pode ser adquirida directamente aqui.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Critérios...



Critérios de correcção do exame de desenho aqui . Uma vez mais somos brindados com confusão, imprecisão e algum delírio (e.g. Grupo II).

Bom S. João.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Prova 706, 1.ª Fase


A prova prática de Desenho A foi bastante acessível e equilibrada, considerando as questões e o tempo disponível para a sua resolução. No entanto, persiste o temor relativamente ao grau de autonomia técnica concedida. Esta só se verificou no Grupo II, com a possibilidade de optar entre a tinta-da-china e os pastéis de óleo (uma obsessão recorrente).
O último item merece alguma censura: um texto à guisa de preâmbulo sobre a Fundação Calouste Gulbenkian e o seu primeiro presidente ficaria bem: informaria muitos alunos, honraria a instituição e dignificaria a questão proposta.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Resposta -sem cafeína- a dúvidas de exame

O papel vegetal, como muitos saberão, tem como função principal a cópia e a transferência de imagens. Permite ao aluno responder a questões de exame envolvendo transformações gráficas (rotação, translação, sobreposição, etc.), a concepção de padrões (o módulo ou o sub-módulo podem ser copiados repetidamente) ou o aperfeiçoamento de uma imagem (que pode ser corrigida e melhorada antes de ser decalcada).
Outra dúvida colocada respeita à permissão de usar lápis (de grafite supõe-se) em eventuais questões implicando o recurso à aguarela. Tudo depende do enunciado (leiam bem as questões). A aguarela "tradicional" é uma técnica de àgua que resulta essencialmente do jogo de transparências das manchas de cor aplicadas com... pincel. O lápis (B), como meio de estruturação e de organização global da imagem, é um auxiliar útil que deve ser manuseado com suavidade de forma a não perturbar a imagem. No entanto, insiste-se, convém ler atentamente as questões.
Boa prova.

terça-feira, 8 de junho de 2010

E. 706


Dia 18 de Junho, pelas 14 h, espera-vos o exame de Desenho A (706). Deseja-se uma prova que permita aos alunos poderem adequar livremente as técnicas às questões formuladas. Seja como for, leiam atentamente o enunciado e evitem precipitações.
Continua sem resposta o pedido de esclarecimento endereçado no ano passado ao Júri: é ou não permitido o uso da terebintina caso seja servida mais uma pastelada d' óleo?
Até lá, continuem a desenhar e a ver com todos os sentidos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Desenhar com protector solar


É apanágio dos programas conterem algumas boas intenções de difícil conversão em conhecimento útil dos conteúdos. Um dos casos refere-se à Figura Humana, um item de aprofundamento. Como sabem os autores dos programas de Desenho A, a representação do corpo humano obriga ao recurso intensivo dos modelos do tipo Adão e Eva (com ou sem as parras). Pois bem, é assunto negligenciado: umas anatomias insípidas disponibilizadas pelos manuais de Desenho A e umas sugestões metodológicas omissas são os pontos de partida oferecidos: é como pretender conhecer "Os Maias" lendo um resumo de duas páginas. As alternativas são reduzidas, os docentes ficam condicionados à abordagem da figura humana vestida e à cópia de reproduções. Assim sendo, partilha-se a recomendação por diversas vezes repetida na sala de aula: vão à praia!

A biodiversidade estival que se esparrama pelas praias é surpreendente, não só pela variedade de corpos (novos, idosos, gordos, magros, altos, baixos, débeis, atléticos, etc.) como pela multiplicidade de poses, de gestos e de adereços.
Aos aprendizes que considerarem esta sugestão útil recomenda-se o uso de óculos de sol: evitam o reflexo da luz solar que incide sobre o papel e ocultam a direcção do olhar. Salienta-se este ponto uma vez que muitas pessoas podem sentir-se incomodadas ao serem observadas. Como suporte aconselha-se um caderno, de preferência A4; a área de registo é maior, as folhas não correm o risco de serem levadas pelo vento e, se a capa for dura, fornece uma base estável para desenhar. Quanto aos materiais, o melhor será optarem por aqueles que sejam compatíveis...com a areia.
Para alguns dos nossos(as) leitores(as) a tarefa porá a nú algumas debilidades como a coordenação óculo-motora, a inabilidade no manuseamento dos meios, a rigidez e a incorrecção do registo (proporções, escalas, eixos, etc.) e , principalmente, o pouco treino visual. É preciso ter presente que o desenho do real implica os nossos sentidos (não só a visão), a capacidade de análise, a concentração, a perseverança e um sentido crítico equilibrado (derrotismo ou presunção não são bons conselheiros).

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Honrando a tradição

  Se os resultados são bons, o mérito é dos alunos; se são maus, a culpa é dos professores.



Os dados mensuráveis referentes à disciplina de Desenho A, bem como de G.D.A., na Escola Secundária Sá de Miranda, destacam-se pela positiva entre os estabelecimentos de ensino de Braga.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sá Nogueira (19 de Maio de 1912-2002)


Evoco aqui O meu professor de Desenho (disciplinas de Desenho Básico e de Projecto) na cooperativa Árvore/E.S.A.P -1989, o pintor Rolando de Sá Nogueira.

Confesso dificuldade em partilhar os muitos momentos especiais de aprendizagem que fizeram com que me tornasse mais exigente e merecedor do privilégio de ser seu aluno. Sá Nogueira inspirava o desejo de excelência, o trabalho perseverante e integro sem cedências às facilidades artificiosas e aos malabarismos retóricos. Lembro a sua capacidade extraordinária e cativante de responder às questões com histórias, e eram muitas e à medida das necessidades. Recordo a imensa generosidade, a inteligência tranquila, a humanidade e a paixão contagiante pelo desenho.

Obrigado Professor.


P.S.: Outros testemunhos podem ser lidos aqui, ali e além.
Agradeço autorização ou contacto do autor da fotografia recolhida na rede.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A casa do pai das três artes faz anos

A 13 de Janeiro de 1563 nasceu em Florença a Accademia delle Arti del Disegno. Instituição vocacionada para a formação e supervisão da produção artística na Toscânia, a Accademia del Disegno foi impulsionada por Giorgio Vasari e teve como dirigentes o duque Cosimo de Medici e, a título honorífico, Miguel Ângelo, eleito por unanimidade pelos membros da academia.

Foi propósito inicial da academia proporcionar formação e zelar pela qualidade da produção artística: os jovens artistas seriam visitados nas oficinas (bottegas) dos seus mestres e sujeitos a algo próximo de uma avaliação formativa. Promoveram-se palestras de matemática (e geometria) assim como demonstrações periódicas de anatomia, a terem lugar no hospital de Santa Maria Nuova. Pretendia-se melhorar o estilo dos artistas, estimular o virtuosismo, o domínio das artes liberais e emancipar os artistas do estatuto de artesão medieval. Glorificado por Vasari, Miguel Ângelo constituiu naturalmente modelo de referência.

Posteriormente (petição em 1571 e estatutos de 1585), o papel da Accademia evoluiu no sentido de regular o exercício da actividade artística: localização das oficinas, obrigações contratuais de mestres e de aprendizes e até algumas disposições sobre a assinatura das obras de arte. Paralelamente, pretendeu-se autonomizar os artistas das confrarias a que estavam formalmente ligados (os pintores da Arte dei Medici e Speziali ou confraria dos médicos e boticários e os escultores dos Fabbricanti, que havia absorvido os Maestri di Pietra e Legname, Mestres da Pedra e Madeira), unificando as três artes na mesma instituição.

Porquê a designação de Accademia del Disegno?

O testemunho de Vasari responde a esta questão ao proclamar o desenho como “padre delle tre arti”. Para ele, a arquitectura, a escultura e a pintura são as “arti del disegno”, implicadas no processo no qual o desenho pontifica como actividade conceptual, como “expressão e declaração do conceito que vai na alma” que, buscando na natureza a medida das coisas (proporção, medida, harmonia...), constitui instrumento essencial na materialização das obras de arte.

A instituição subsiste mantendo actividade no domínio do ensino artístico.
Ligação rápida: Artes - Desenho - Geometria Descritiva