A urgência em avaliar o exame de Desenho levou a omitir algumas considerações. Os comentários entretanto recebidos contêm argumentos válidos, realçam-se alguns:
A questão do esquema da colocação do modelo versus fotografia é, efectivamente, geradora de confusão. No entanto, a leitura que prevalece é a do esquema da colocação da peça e, considerando o esquema, chegar-se-ia lá.
Textura do papel: o programa da disciplina refere a diversidade de papéis (de gramagem, textura e cores variadas) e a prática a isso conduz quando há empenho, curiosidade e, já agora, o estímulo dos docentes. Não sendo o melhor, o papel da intendência é bastante aceitável.
Quanto à emigração das zebras para o modelo, as alternativas poderiam ser muitas, mais criativas e convocando outras “habilidades”.
Uma das observações referia a necessidade de formar os vigilantes das provas de Desenho. Sem dúvida que se justificaria alguma sensibilização prévia. É um exame essencialmente prático, com as necessidades daí decorrentes.
Reafirma-se o que tem sido escrito: os exames de Desenho não permitem uma boa avaliação das capacidades dos alunos. O desenho tem uma especificidade própria que deveria ser alvo de melhor avaliação: o princípio da equidade não triunfa formatando de igual modo o que é diferente. Acresce outro efeito pernicioso, que se reflete em várias salas de aula (segundo os testemunhos recolhidos): o 12º ano transforma-se num palco de competição que, tendo como quadro referencial os exames, transforma as aulas e os trabalhos dos alunos num sucedâneo de um concurso de karaoke pimba.
Podem aceder à prova e aos respectivos critérios de correcção aqui.