sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mais do mesmo


A estrutura da segunda fase do exame de Desenho A decalca as versões anteriores, inadequações inclusive.
Comecemos pelo modelo proposto, concebido claramente para atrapalhar. O que assume gravidade neste caso particular é o processo de montagem: o encaixe da hélice não é claro – a fotografia do modelo montado colide com a tentativa de reproduzir o mesmo resultado-, induziu alunos em erro e revelou-se pouco funcional, gerando atrasos e tensões dispensáveis.
Continua a insistência nos pastéis de óleo, um absurdo pedagógico sublinhado pela ausência de alternativas, obrigando muitos alunos a escorregar numa técnica que, em muitos casos, “inibe potencialidades” e compromete “modos próprios de expressão e comunicação”(in programa de Desenho A). Deveria ser do conhecimento dos especialistas que concebem estas provas, a articulação e as afinidades que se vão estabelecendo entre os meios e os modos de expressão individuais; o recurso obrigatório a um meio específico, sem outras alternativas, é contraproducente e atira alunos com desempenhos excelentes para níveis muito aquém das suas capacidades.
A formulação da questão do Grupo II não enferma dos mesmos erros da sua congénere da primeira fase. Convoca-se, da sintaxe, os efeitos de cor, o movimento e tempo e, para os mais expeditos, processos de cópia e transferência (permitindo em tempo útil apropriarem-se “dos vários elementos da fotografia": viva o papel vegetal), devidamente untados com simplificações gráficas.

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